domingo, 8 de novembro de 2009

Inked Magazine


Conhecem a Inked Magazine? Se a resposta for negativa, eu lhes apresento:
A Inked Magazine é uma revista sobre tatuagens e tudo que permea este estilo de vida. A saber que o conteúdo integral das publicações pode ser visualizado na versão digital, disponível no site. Os ensaios são de altíssima qualidade e bom gosto. É um formato diferente do que costuma-se ver nas revistas brasileiras do mesmo seguimento.

Dentro do site existe uma galeria de imagens, pra onde você pode enviar fotos das suas tatuagens. Basta criar um login e fazer upload do arquivo.

CLIQUE AQUI pra visitar o site.

terça-feira, 31 de março de 2009

Não vamos deixar fecharem a YOYO

A YOYO é velha conhecida de todos aqueles que frequentam a noite na região da Savassi. Um misto de lojinha oriental, sushi bar e discotecagens de vários DJs populares da capital, a YOYO vem sofrendo no último ano uma implacável perseguição por parte de vizinhos ínvidos e fiscais da Prefeitura. Quem não conhece o casal que comanda o estabelecimento, a Valeska e o Braga, não imaginam o calvário que estão passando para trabalhar e receber seus clientes, na grande maioria já amigos que se sentem parte do espaço.


O mixsórdia é um meio de comunicação independente e livre para expressar suas opiniões e se solidariza com a YOYO. Somos freqüentadores, já discotecamos por lá e, acima de tudo, somos contra qualquer tipo de injustiça e perseguição contra as propostas alternativas de diversão da capital.


Vamos aos fatos:

A atual administração da YOYO assumiu a loja no dia 05 de fevereiro de 2008. Foi realizada uma reunião com o contador do antigo dono, onde ficou claro que a YOYO era uma empresa saudável, sem dívida ativa em nenhuma estância do município, estado ou federação e não tinha protestos, nem cheques devolvidos. Todos estes fatos foram comprovados com as certidões negativas emitidas na época e o alvará de funcionamento válido até dezembro de 2011. Continuou então a YOYO. Novos donos, mesmos horários e métodos de trabalho.

Em março de 2008 começaram a perceber as falhas da gestão anterior:

1 - No alvará de funcionamento não constava código referente à utilização do som.
2 - O alvará de licença para utilização de mesas e cadeiras estava irregular e vencido desde dezembro de 2006.
3 - O alvará de licença sanitária estava vencido desde agosto de 2007 e a loja não era dedetizada a mais de seis meses, o que deveria ocorrer de 30 em 30 dias.
4 - A loja devia um ano de ICMS e SIMPLES.
5 - Foram ignorados entre 2006 e 2007 os avisos dados pela contabilidade referentes ao vencimento dos alvarás, bem como os impostos.

Descobriu-se então que estas dívidas já haviam sido negociadas e estavam sendo pagas em parcelas pelo antigo dono, o que permitiu a emissão do alvará. Porém as dívidas não foram honradas e a YOYO caiu no cadastro de inadimplência do governo até que novamente o antigo dono as quitasse por completo. O que já aconteceu.

Nesse processo descobriram que o antigo dono sempre trabalhou naquele horário, com o som e mesas na rua e nunca foi advertido ou multado em três anos, mesmo com os alvarás para tais atividades totalmente irregulares.
A regularização dos alvarás ficou sob a responsabilidade dos novos donos que já estiveram à frente de outros estabelecimentos no interior e sempre primaram pela honestidade e transparência, tendo tudo regularizado junto aos órgãos responsáveis.


A partir deste momento a coisa se complica:

O departamento jurídico foi acionado e iniciaram-se os processos de regularização dos alvarás junto à Prefeitura de BH. Neste momento foi como se a Prefeitura descobrisse a existência da YOYO, já que até então, mesmo com as irregularidades, os fiscais não tinham tomado conta que havia um bar funcionando naquela esquina.

Foram gastos milhares de reais em taxas de fiscalização, papelada, burocracias e afins. Um alvará para cada coisa, o bar, restaurante, loja de roupas, acessórios e som ambiente, além de alvará sanitário e para utilizar as cadeiras na calçada. Como a burocracia é grande, o alvará de funcionamento foi expedido em caráter provisório até que tudo fosse encaminhado.


Com tudo regularizado começou a chuva de fiscais.

Na época do andamento da regularização, entre março e julho de 2008 eles apareciam toda semana para advertir, mas nunca multaram. Os fiscais de postura da Prefeitura contavam mesas e cadeiras, mediam os vãos entre elas e ameaçavam. Faziam advertência por escrito que custava uma taxa de trinta e pouco reais apenas para provar que tudo estava em andamento aguardando aprovação da Prefeitura.

Em seguida vieram os fiscais do meio ambiente, supostamente devido à reclamações dos vizinhos sobre o barulho da música. Ameaçaram levar o som e tudo mais que tivesse em cima das mesas caso insistissem em deixar os DJs do lado de fora da loja.

Em um sábado fiscais e PMs levaram as mesas e o material do pessoal do Origami que expunha todos os sábados das 10h às 14h, alegando que não tinham alvará para aquela atividade e que mesas e cadeiras se limitam à pessoas sentadas, comendo e bebendo. Essa atividade ensinava as pessoas gratuitamente a fazer origami. Famílias inteiras passavam as manhãs de sábado relaxando e aprendendo sobre cultura oriental.

Apesar de contato com a Prefeitura informando que era uma atividade cultural ministrada gratuitamente pela equipe do Origami, nada adiantou, tiveram que acabar com a feirinha de origami, porque a associação responsável não tinha verba para arcar com os custos do alvará.

Depois disso foram notificados a tirar a placa da YOYO porque a mesma não tinha, adivinhem: alvará. O antigo dono nunca precisou pagar nada e teve a placa durante três anos sem ninguém fiscalizar. Depois de uma multa, exigiram a retirada. A YOYO não tem mais placa desde então.

Numa quarta-feira ameaçaram levar as duas mesas onde estava o DJ, multaram e fecharam a loja, que desde então nunca mais permitiu que os DJs ficassem do lado de fora, alegando novamente que as mesas são para comer e beber o0!
Se você pensa que a reclamação é por causa da música alta, a YOYO NUNCA foi multada por barulho, pois em todas as reclamações em que o meio ambiente foi acionado, o nível de ruído do som jamais esteve acima do permitido por lei, que é de 60 decibéis. Qualquer ônibus que passa naquela esquina faz mais barulho que isso.

A perseguição fica cada vez mais evidente. Durante o natal de 2008 o número de reclamações que a Prefeitura recebeu foram 9 em apenas 15 dias. Novamente foram acusados de mais 4 reclamações durante o mês de janeiro de 2009. A única informação que o fiscal responsável pelas autuações não tinha era que o bar estava fechado para férias desde o dia 20 de dezembro, só reabrindo em fevereiro de 2009.


E em 2009, a perseguição continua

O Bar voltou a funcionar dia 05 de fevereiro de 2009 e desde então nenhum fiscal apareceu e os trabalhos ocorrem dentro das normas da Prefeitura. Porém no dia 23 de março foram informados que o alvará de utilização de som ambiente, que funcionava em caráter provisório, fora cassado por ordem do Depto. de Meio Ambiente da Prefeitura de BH. O laudo do órgão afirma que o barulho produzido é nocivo ao meio ambiente! Foi publicado no Diário Oficial e está disponível pela internet pra quem quiser ver. Ou seja, a YOYO não poderá mais de forma nenhuma ter o som na loja.

Basta olhar para o lado para ver que a YOYO é um sossego em uma região onde milhares de pessoas bebem sentadas nos jardins, largam garrafas vazias, gritam madrugada à dentro, brigam e promovem arruaças. Os barzinhos da região, que são dezenas, promovem música ao vivo, colocam mesas e cadeiras no meio das ruas, tomando o espaço dos transeuntes e parece que nada sofrem com isso. Porque a YOYO!?

Quem está perseguindo a YOYO? Porque querem impedir que duas pessoas trabalhem honestamente e promovam um lugar diferente dos bares padronizados de BH? Quem está fazendo estas reclamações, ou será que elas existem? Porque do outro lado da rua pode funcionar um shopping inteiro que interfere negativamente no trânsito de toda a região e abriga muitas vezes gangues de filhinhos de papai que promovem até brigas generalizadas em seu interior, como já vimos mesmo em jornais!

Escrevemos este blog para tentar sensibilizar as pessoas e, quem sabe, atingir alguém que possa contribuir para que as perseguições acabem.
Acreditamos que todos podem conviver em harmonia e se divertir da maneira como acharem melhor, sempre respeitando as diferenças e as preferências, mas com responsabilidade e caráter. Somos contra a política de perseguição e burocracias da Prefeitura de BH e seus agentes. Somos a favor da diversidade e da JUSTIÇA.

Atenciosamente,
mixsórdia

mixsordia.com